quarta-feira, 16 de junho de 2010

Narciso Negro



Titulo original: Black Narcissus
Ano de Lançamento: 1947
Gênero: Drama
País: Inglaterra
Direção: Michael Powell, Emeric Pressburguer
Elenco: Deborah Kerr, Kathleen Byron, Flora Robson e Jean Simmons.  

O Narciso Negro é o tecido de aroma forte e acalentador, em meio a roupas extravagantes, enfeitadas com pedras preciosas, representa o fator que corrompe as freiras, que as faz dar um teor erótico associado aos 5 sentidos. Não há como fugir do inebriante aroma do desconhecido. 
 
Um grupo de cinco freiras anglicanas tem a missão de fundar uma nova sede da congregação num local muito distante, entre montanhas do Himalaia e, uma população que parece ter parado no tempo. As freiras ganham um castelo de presente do principe da região para ser a nova sede. Entre os trabalhos de enfermagem, de disciplinas escolares e de jardinagem, as freiras confrontam os princípios cristãos com a cultura e as crenças da população local. 
O filme tem dois objetivos, confrontar duas culturas distintas e abordar as incertezas e os desejos reprimidos. A visão da freira como uma mulher santa, que labuta noite e dia e que é totalmente desapegada ao materialismo é exacerbada no filme, no entanto, elas se encontram num cenário oriental, que outrora luxuoso, servia de cabaré para o principe. Os papéis são bem definidos: a freira bonita, livida e intocável, representada pela Irmã Clodagh, o galanteador de bermudas e politicamente incorreto, a orfã enfeitada no sentido de customizada e o herdeiro avido pelo conhecimento. Ainda temos o xamã local e a fascinação contida que ele despertava nas irmãs. Diante de tantos problemas com a população local, diante da desconfiança e do choque cultural provocado, o principal foco do filme se dá na disputa interna entre a madre superiora e uma das freiras. A madre Clodagh consome-se em dúvida e relembra seu passado amoroso constantemente, a freira que ainda não tinha sofrido nenhuma desilusão se entrega as forças mundanas, apaixona-se pelo galanteador e sofre por culpa e paixão.
Ainda temos a história de uma das freiras que se nega ao trabalho e se entrega a paixão pelas rosas, ela se sente culpada por estar feliz a custa de menos batatas plantadas e mais tulipas para encantar a todos. O filme consegue abordar diversos conflitos internos com maestria. São dissecadas as mudanças em cada personagem, os cenários montanhosos dão um ar imoral e santo ao mesmo tempo. A fotografia de Jack Cardiff prima pelas cores fortes e enaltece a beleza constirpada das jovens freiras.
Hitchcock pegou muitas coisas de Narciso Negro para usar em "Um corpo que cai". A cena do sino foi inteiramente copiada, o contexto dos filmes são diferentes, por isso, não me atrevo a lançar comparações.

Servidor: Megaupload
Formato: AVI (720 megas)
Áudio: Inglês
Legendas: Português

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