segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Bela Junie


Titulo original: La Belle Personne
Ano de Lançamento: 2008
Gênero: Drama
País: França
Direção: Christophe Honoré
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1263778/

Filme do prestigiado diretor Christophe Honoré é inspirado no clássico ‘La Princesse de Clèves', de Madame de La Fayette, considerado um dos primeiros romances psicológicos da literatura ocidental. 
Junie (Léa Seydoux) é uma garota de 16 anos que muda de escola após a morte de sua mãe e logo se enturma com os novos colegas. Sua beleza chama a atenção dos rapazes e ela começa a namorar um deles, Otto (Grégoire Leprince-Ringuet), antes de se dar conta de que está apaixonada pelo professor de italiano, Nemours (Louis Garrel).
A Bela Junie foi livremente inspirado em ‘La Princesse de Clèves', escrito por Madame de La Fayette no século 17. O livro é considerado um dos primeiros romances psicológicos da literatura ocidental. Christophe Honoré diz que se trata mais de uma "proposta de leitura" do que propriamente de uma adaptação, assim como fez em ‘Ma Mère' (2004). Para o diretor, não existe um romance no cinema (francês), o que há é um cineasta que o leu. "O próprio cinema é uma leitura", diz.



Honoré filma a adolescência e tudo aquilo que enfraquece a juventude: o amor e a beleza. Honoré adapta o romance transformando as belas pessoas da corte nos belos adolescentes do colégio. A atemporalidade do romance põs nas mãos de Honoré um trunfo para se aprofundar no psicológico dos personagens. O filme mostra adolescentes preocupados apenas com o amor e com os estudos, os professores parece que ainda não cresceram e se não fosse por traços fisicos que revelam a idade seria difícil diferencia-los dos alunos. O cenário é digno de uma tragédia de amor e Junie é tão imponente quanto frágil. Todos mostram uma fragilidade de porcelana, mascarada pelas belas faces. São instruidos e ao mesmo tempo rasos, tem influências mas não as põem em prática. A adolescência é um bloqueio e transparece a estupidez dos adolescentes que tentam acima de tudo engrandecer seus problemas. 
Contudo, os conflitos psicológicos são tão vázios quanto a história, percebemos que a fragilidade não é característica de uma tragédia, não é paralelo ao grandioso. É um desafio enobrecer o falso grandioso, o estilo pop intelectualizado e a (des)acreditação no amor, são qualidades  que renderam apenas um entretenimento charmoso.

"Nem as olheiras da Junie tiram sua beleza"

Servidor: Megaupload
Formato: AVI (620 megas)
Áudio: Françês
Legendas: Português

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4 comentários:

  1. eu não faço crítica-sinopse, eu faço comentário.

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  2. é sério esse negoço aí?
    eu achei esse filme terrível, terrível. o que me chamou atenção foram todas as roupas dos personagens serem em tons pastéis, combinado com o clima nublado, o cinza. E, obviamente, esses tons pastéis acabam por constituir toda a espinha dorsal do roteiro...um roteiro que engatinha, que não tem consistência. portanto, os tons pastéis obviamente só ficam bem em vestuário.

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  3. "tudo aquilo que enfraquece a juventude: o amor e a beleza"
    ADOREI

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  4. Eu jurava que você ia gostar. Eu não prestei atenção nas roupas, álias, é algo que eu deveria olhar mais, eu percebo mais o ambiente.

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