domingo, 20 de dezembro de 2009

Thriller - A Cruel Picture



Direção: Bo Arne Vibenius
Elenco: Christina Lindberg, Heinz Hopf, Despina Tomazani, Per-Axel Arosenius
Ano: 1974
País: Suécia
Duração: 104 min

Uma garota é violentada quando criança, foge de casa e é encontrada por um pilantra. O mal feitor a prostitui e a vicia em todo tipo de drogas. Depois de muito sofrimento explicito a garota começa a arquitetar uma vingança. O filme afirma a forte convicção da justiça com as próprias mãos e a justifica pelo estudo ou tentativa de estudo do psicológico da personagem. A primeira parte do filme se caracteriza pela impotência da garota. As cenas de sexo em nada são eróticas (dizem que não foi a atriz Christina Lindberg que atuou nas cenas de sexo), chegam a ser repugnantes. É  um exercício de acumulo de ódio que normalmente se traduz em desespero, mas aqui a frieza e a arquitetura do mal nunca foram tão bem recebidas.
Já deu pra perceber que a vingança é o que move o filme e é irresistivel, principalmente pelo suspense crescente e a montagem esquemática (sofrimento - treinamento - vingança). E a vingança... essa sim, uma bela vingança, cheia de estilo, uma explosão de violência. Uma câmera ultra lenta usada para acompanhar o trajeto das balas até os corpos das vitimas é responsável pela evolução artistica que esse filme representa. 
É possivel questionar a profundidade psicológica do filme, característica própria do cinema sueco e muito bem desenvolvida por Bergman, mas não se pode questionar o poder da imagem. Tarantino tinha noção disso quando trouxe para seu Kill Bill alguns elementos (o tapa-olho de Elle Driver, a história de crueldade e vingança). Mesmo o high-tech Matrix tem ecos do sobretudo preto de Madeleine e das cenas de porrada. De certa forma, alguns filmes obscuros acabam influenciando boa parte do imaginário cinematográfico atual.

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