sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1


Titulo original: Harry Potter and the Deathly Hallows - Part 1
Ano de Lançamento: 2010
Gênero: Aventura
País: UK/USA
Direção: David Yates
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0926084/

É a adaptação do último livro da série escrito por J.K Rowling, Dividido (R$) estrategicamente (R$) em duas partes. A primeira parte repete mais uma vez o tema central da trama: a disputa maniqueista entre Harry Potter e Você Sabe Quem. Mais uma vez o trio parada dura (Harry, Hermione e Ron) deve enfrentar desafios para impedir que Você Sabe Quem obtenha um imenso poder. A história é baseada na lenda das relíquias da morte, contada de forma primorosa numa animação de sombras coloridas e pontiagudas. A lenda aborda as origens das Horcruxes: amuletos que dariam o poder supremo a Você Sabe Quem. Harry deve encontrar os amuletos para impedir a ascensão do Lorde das Trevas.


Nos filmes anteriores, as falhas de atuação e a pouca carga dramatica dos protagonistas eram compensadas pelos eficientes e talentosos coadjuvantes. Dessa vez, o trio ganha um voto de confiança e assim como no ínicio da vida adulta, saem debaixo das saias dos coadjuvantes e nos brindam com belas atuações. Assim como no livro, o filme foca a saga de Harry, Hermione e Ronnie na busca pelas Horcruxes. O roteiro pela segunda vez em toda a série (a primeira foi com O Prisioneiro de Azkaban) consegue ser inteligente e oferece todos os recursos possiveis para que os atores ofereçam o melhor de si, que o diga a fotografia cuidadosamente escurecida, os eficientes efeitos visuais e os cenários paradisiacos e contemplativos.

Esse é um Harry Potter atípico, onde reinam a solidão e o desespero. Foram incluidas cenas  de torturas, inclusive com um pouco de sangue. Em alguns momentos, o trio utilizou métodos pouco educativos para alcançar seus objetivos. O papel de destaque dos Elfos em nenhum momento demonstrou incoerência com a seriedade da obra. Há ainda a divertida e excêntrica Luna Lovegood, que parece estar sob efeito de drogas pesadas o tempo todo (the lunatic is on the grass) e contribui para evidenciar um humor mais refinado para a série.

Contudo, o amuleto que eles deveriam destruir mais parecia um anel do poder (LOTR) e aquela troca de feitiços no bar lembrava um pouco Pulp Fiction. Tirando esses lapsos de falta de originalidade, é notável o tamanho desenvolvimento dos três personagens principais. Rupert Grint prova que é um bom ator fazendo Ron Weasley demonstrar toda sua angústia, Emma Watson faz Hermione Granger se libertar das conseqüências da primeira menstruação e Daniel Radcliffe faz um Harry Potter amadurecido e quase preparado para a batalha final. 
Os fãs histéricos e fantasiados de bruxinho de outrora já estão mais maduros e receberam um obra digna de tal adjetivo, que mais parecia um cult do que um arrasa quarteirão apoteótico. De bruxinhos fofinhos, de romances de adolescentes politicamente corretos, de joguinhos de quadribol e de clichês infantis - ao aprofundamento da amizade, aos diálogos inteligentes, as cenas simples, porém ternas e a todo um significado envolvendo a trama, que com toda certeza prepara o terreno para uma parte 2 cheia de ação - ação com significado. Dessa forma, a divisão da obra em duas partes foi valida, lucrativa para a Warner e que agrada aos novos e antigos fãs ou ainda, apenas aqueles que curtem um bom filme.


Download: é disponibilizado apenas para filmes de difícil acesso, que no caso, não se aplica ao filme em questão.

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