Titulo original: Die Nibelungen: Siegfried / Die Nibelungen: Kriemhilds Rache
Ano de Lançamento: 1924
Gênero: Épico, Fantasia
País: Alemanha
Direção: Fritz Lang
A Morte De Siegfried
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0015175/
Siegfried, filho do Rei Sigmund deseja a bela irmã de Gunter- Rei dos Burgúndios da terra de Worms. A bela jovem Kriemhild também nutre sentimentos por Siegfried, pois o mesmo provou sua bravura e nobreza ao vencer o dragão que aprisionava o tesouro dos Nibelungos. Mas para cortejar a bela Kriemhild, ele ajuda Gunter a vencer Brunhild em um duelo, usando um capa de invisibilidade. Brumhild só casaria com o homem que a vencesse em um duelo. Após desvendar a trama, Brunhild pede a Gunter a cabeça de Siegfried. Será que Gunter tera coragem de matar o marido de sua irmã e amigo fiel?
Paul Richter .......... ...........Siegfried
Gertrud Arnold ... ..............Rainha Ute
Margarete Schön ... ...........Kriemhild
Hanna Ralph ... .................Brunhild
Theodor Loos ... ................Rei Gunther
Hans Adalbert Schlettow ... .Hagen Tronje
A história seguida na parte I engloba quase toda a lenda que dá origem e molda a identidade nacional germânica. Lang, mesmo com todas as limitações do cinema mudo, conta a épica história de um guerreiro filho de rei que corajosamente mata um dragão para tomar posse do tesouro dos Nibelungos - pequenas criaturas, que lembram vagamente os Hobbits e mais parecem anões primordiais. A matéria-prima é vasta para contar uma boa história, que se envereda pelo romance, traição, jogos de poder, aventura e fantasia. Porém, Lang preferiu compactar todas as aventuras mitológicas e fantásticas na primeira parte. O filme inicia com a batalha de Siegfried contra o dragão da caverna, logo após vencer a batalha contra o dragão, ele entra na caverna onde encontra os Nibelungos e um feiticeiro. Do feiticeiro, ele herda a capa da invisibilidade, que foi crucial para forjar a vitória do rei contra Brunhild. A história segue em Worms, onde Brunhild ao se sentir enganada faz de tudo para prejudicar Siegfried. O serviço sujo é atribuído a Hagen Tronje - fiel escudeiro do Rei Gunther.
A estrutura narrativa é clássica dos contos fantásticos eternizados pelos menestréis, baseada nos cânticos da tetralogia operistica de Wagner - O Ouro do Reno, As Valquírias, Siegfried e Crepúsculo dos Deuses. A arquitetura de Worms é repleta de círculos e formas sincronizadas. Na primeira parte, impera a beleza da natureza e das obras do homem, se entrelaçando numa sintonia unica. Siegfried é o símbolo de toda essa harmonia, sendo o herói, o sensível e a vítima. Seu ato de cumplicidade com Gunther é relevado por todos, menos por Brunhild, que provoca discórdia aos quatro ventos, representando a quebra da moral e da ética.
Justificando as pulsões primárias do ser humano, as ações desencadeadas por Kriemhild produzem um mal estar coletivo e ao fim de uma civilização. Kriemhild deixa de ser apenas a sombra de um homem bravo e honrado e inicia uma vingança pela morte do seu marido se aliando a uma estrutura de poder, ao poder dos Hunos. A segunda parte que se passa no reino de Átila, é sujo e desarmonioso, sua estrutura é irregular e tortuosa. A natureza e o homem na segunda parte não dialogam, são esparsas, impera o espaço difuso e a textura das formas, que enaltece o clima de cólera e sanguinolência. Porém, as mudanças visuais não são justificadas apenas por costumes e traços culturais entre os Burgúndios e os Hunos. As mudanças visuais vão acontecendo à medida que os personagens mudam. Quanto mais poder nas mãos dos indivíduos e mais subjulgação de muitos por poucos ou um, mais o elo entre o homem e a natureza é quebrado.
Kriemhild representa explicitamente essa quebra de paradigmas. na primeira parte só brotam de sua face lívida a beleza e a pureza dignas de um elfo. Após a morte de Siegfried, Kriemhild vai se transformando aos poucos enquanto molda seu plano de vingança contra Hagen Tronje. Seus interesses pessoais se sobrepõem aos interesses coletivos. De Kriemhild só saem palavras que levam aos seus subjulgados o caminho da vingança pessoal, nem que para isso, eles paguem com suas vidas acreditando em ideais libertários falsamente pregados por Kriemhild.
Por todo desprezo e ódio justificados pela contraditória feição humana em destruir tudo que preserva e constrói, dependendo da distribuição das estruturas de poder, a história culmina numa batalha épica, cheia de reviravoltas, lideradas pelos olhos irreconheciveis de Kriemhild, agora tomada por um sentimento que relutamos em justificar pela justiça ou pelo amor.
Depois da excelente primeira parte, dignas e inspiradoras de épicos pós-modernos como Senhor dos Anéis e Harry Potter, a segunda parte é tão rica quanto a ficção de Tolkien. Mesmo com todas as limitações, a história ganha uma adaptação cinematográfica que faria muita inveja a filmes atuais, não em efeitos ou técnicas antes inexistentes, mas em transmitir a essência da história dando forma e conteúdo, sem se apegar ao risível.
E foi assim, o primeiro feito histórico de Fritz Lang e sua equipe.
A Vingança de Kriemhild
IMDB:http://www.imdb.com/title/tt0015174/Pesarosa com a morte de seu amado Siegfried, Kriemhild aceita desposar Átila, o Huno, e convida seu irmão, o rei Gunther, e os assassinos de Siegfried para um banquete, no qual finalmente realizará seu plano de vingança.
Paul Richter .......... ...........Siegfried
Gertrud Arnold ... ..............Rainha Ute
Margarete Schön ... ...........Kriemhild
Hanna Ralph ... .................Brunhild
Theodor Loos ... ................Rei Gunther
Hans Adalbert Schlettow ... .Hagen Tronje
A história seguida na parte I engloba quase toda a lenda que dá origem e molda a identidade nacional germânica. Lang, mesmo com todas as limitações do cinema mudo, conta a épica história de um guerreiro filho de rei que corajosamente mata um dragão para tomar posse do tesouro dos Nibelungos - pequenas criaturas, que lembram vagamente os Hobbits e mais parecem anões primordiais. A matéria-prima é vasta para contar uma boa história, que se envereda pelo romance, traição, jogos de poder, aventura e fantasia. Porém, Lang preferiu compactar todas as aventuras mitológicas e fantásticas na primeira parte. O filme inicia com a batalha de Siegfried contra o dragão da caverna, logo após vencer a batalha contra o dragão, ele entra na caverna onde encontra os Nibelungos e um feiticeiro. Do feiticeiro, ele herda a capa da invisibilidade, que foi crucial para forjar a vitória do rei contra Brunhild. A história segue em Worms, onde Brunhild ao se sentir enganada faz de tudo para prejudicar Siegfried. O serviço sujo é atribuído a Hagen Tronje - fiel escudeiro do Rei Gunther.
A estrutura narrativa é clássica dos contos fantásticos eternizados pelos menestréis, baseada nos cânticos da tetralogia operistica de Wagner - O Ouro do Reno, As Valquírias, Siegfried e Crepúsculo dos Deuses. A arquitetura de Worms é repleta de círculos e formas sincronizadas. Na primeira parte, impera a beleza da natureza e das obras do homem, se entrelaçando numa sintonia unica. Siegfried é o símbolo de toda essa harmonia, sendo o herói, o sensível e a vítima. Seu ato de cumplicidade com Gunther é relevado por todos, menos por Brunhild, que provoca discórdia aos quatro ventos, representando a quebra da moral e da ética.
Justificando as pulsões primárias do ser humano, as ações desencadeadas por Kriemhild produzem um mal estar coletivo e ao fim de uma civilização. Kriemhild deixa de ser apenas a sombra de um homem bravo e honrado e inicia uma vingança pela morte do seu marido se aliando a uma estrutura de poder, ao poder dos Hunos. A segunda parte que se passa no reino de Átila, é sujo e desarmonioso, sua estrutura é irregular e tortuosa. A natureza e o homem na segunda parte não dialogam, são esparsas, impera o espaço difuso e a textura das formas, que enaltece o clima de cólera e sanguinolência. Porém, as mudanças visuais não são justificadas apenas por costumes e traços culturais entre os Burgúndios e os Hunos. As mudanças visuais vão acontecendo à medida que os personagens mudam. Quanto mais poder nas mãos dos indivíduos e mais subjulgação de muitos por poucos ou um, mais o elo entre o homem e a natureza é quebrado.
Kriemhild representa explicitamente essa quebra de paradigmas. na primeira parte só brotam de sua face lívida a beleza e a pureza dignas de um elfo. Após a morte de Siegfried, Kriemhild vai se transformando aos poucos enquanto molda seu plano de vingança contra Hagen Tronje. Seus interesses pessoais se sobrepõem aos interesses coletivos. De Kriemhild só saem palavras que levam aos seus subjulgados o caminho da vingança pessoal, nem que para isso, eles paguem com suas vidas acreditando em ideais libertários falsamente pregados por Kriemhild.
Por todo desprezo e ódio justificados pela contraditória feição humana em destruir tudo que preserva e constrói, dependendo da distribuição das estruturas de poder, a história culmina numa batalha épica, cheia de reviravoltas, lideradas pelos olhos irreconheciveis de Kriemhild, agora tomada por um sentimento que relutamos em justificar pela justiça ou pelo amor.
Depois da excelente primeira parte, dignas e inspiradoras de épicos pós-modernos como Senhor dos Anéis e Harry Potter, a segunda parte é tão rica quanto a ficção de Tolkien. Mesmo com todas as limitações, a história ganha uma adaptação cinematográfica que faria muita inveja a filmes atuais, não em efeitos ou técnicas antes inexistentes, mas em transmitir a essência da história dando forma e conteúdo, sem se apegar ao risível.
E foi assim, o primeiro feito histórico de Fritz Lang e sua equipe.
Servidor: Megaupload
Formato: RMVB (678 MB / 830 MB)
Áudio: Mudo
Legendas: Português
Fonte: http://tel4decinem4.blogspot.com/2010/07/os-nibelungos-1924-fritz-lang.html
A Morte de Siegfried
1- http://www.megaupload.com/?d=4HDF3F6B
2- http://www.megaupload.com/?d=LD8JI6IX
3- http://www.megaupload.com/?d=HQ0HLZ8A
A Vingança de Kriemhild
1- http://www.megaupload.com/?d=SVWJ5XEM
2- http://www.megaupload.com/?d=YRA8I3CT
3- http://www.megaupload.com/?d=1UX9IW8J
4- http://www.megaupload.com/?d=LLR72HEJ